JORNAIS E PERIÓDICOS

A coleção de jornais e periódicos aqui exposta não se resume apenas aos jornais de Nova Friburgo, mas também outros municípios. A partir de 2008, quando se iniciou a digitalização do seu acervo, passamos a receber exemplares de outras localidades e também exemplares já digitalizados, doados por outras instituições. A "Gazeta de Cordeiro" e a revista "O Malho" do Rio de Janeiro são bons exemplos para serem citados.

Aproveitamos a oportunidade para uma pequena homenagem ao saudoso Professor Helênio Campos da Silva Lima, que durante anos nos acompanhou, como bom Conselheiro que foi e pesquisador dedicado de nossa História, deixo-nos farto material a respeito de alguns de nossos jornais. Segue adiante alguns desses registros:

BOM JARDIM

CANTAGALO

O Cantagalo - 1950 e 1951

CORDEIRO

Gazeta de Cordeiro - 1924, 1925, 1926, 1927 e 1928

NOVA FRIBURGO 

A Cigarra - 1905

Periódico quinzenal, crítico, literário e humorístico, foi fundado e dirigido por Rodolpho Albino, jornalista e farmacêutico cantagalense. Suas publicações tiveram início em 1905. Não temos informações quanto ao término das edições.

Teve como colaboradores, Menezes Wanderley, Urbano Duarte e outros.

Texto de: Professor Helênio Campos da Silva Lima 

A Escola - 1898

A Esquerda - 1933

A Folha Esportiva - 1931 e 1948

A Lanterna - 1905

A Sentinela - 1894, 1898, 1899, 1900 e 1902

A Voz da Serra - 1945,1946 e 1947

Em 7 de abril de 1945, era fundado o jornal A VOZ DA SERRA, por um grupo de amigos e correligionários do PSD liderados pelo então prefeito Dante Laginestra, que necessitava de um jornal para dar sustentação política a sua candidatura e a de seu partido. A nível estadual, o jornal defendia os interesses do governador Ernani do Amaral Peixoto.

Américo Ventura Filho, José Côrtes Coutinho, Dante Laginestra, Juvenal Marques, Juvenal Marques Filho, Carlos Rotay, Odílio Quintaes, Carlos Cortes, José Ferreira e Messias de Moraes Teixeira, todos do PSD foram os fundadores do jornal.

Inicialmente, as oficinas e a redação de A VOZ DA SERRA se localizavam no número 90 da Rua Augusto Spinelli, num casarão antigo onde hoje há um edifício. E foi ali, com material precário e obsoleto que começou a circular semanalmente aos sábados, havendo estremo cuidado para que a circulação não sofresse solução de continuidade.

A VOZ DA SERRA era, assumidamente, um jornal partidário e sua circulação seria suspensa após as eleições, mas a aceitação do novo jornal foi tão grande que passada a eleição, seus responsáveis não quiseram deixar o projeto morrer. Com o passar dos anos e o desenrolar dos acontecimentos, alguns fundadores foram abandonando o grupo até que as cotas do jornal foram adquiridas por um dos integrantes do grupo original, que já estava respondendo pelo mesmo há algum tempo:Américo Ventura Filho, nosso patrono. Foi ele, efetivamente, quem tocou A VOZ DA SERRA durante 30 anos.

Com a morte de Venturinha, coube a seu filho mais velho, Laercio Rangel Ventura, a continuação da obra do pai. De lá para cá, muitas mudanças vêm ocorrendo. Para fazer frente aos novos tempos, foi feito um investimento maciço em tecnologia e informática. Só uma coisa não mudou: a credibilidade, a seriedade na informação e um posicionamento firme e combativo diante dos acontecimentos, sempre em defesa dos interesses de Nova Friburgo e da região.

A VOZ DA SERRA é o mais antigo jornal com circulação ininterrupta em Nova Friburgo.

Pesquisa e Texto da Jornalista Dalva Ventura

Aurora Collegial - 1905, 1908, 1909 ,1910, 1911, 1912, 1913, 1914, 1915, 1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1921, 1922 e 2016

A primeira revista ou jornal colegial brasileira foi o pioneiro periódico fundado em 1905, pelos alunos maiores do Colégio Anchieta, com a finalidade de cultivar a língua nacional e exercitar os jovens alunos intelectualmente em seus afazeres diuturnos. Quem primeiro aventou a ideia da criação do jornal foi o padre jesuíta Armando Adriano Lochú, ideia que levou avante até vê-la realizada pelos alunos, tendo sido seu primeiro diretor e no qual colaborou, muitas vezes, com suas poesias.

Em julho de 1911, no reitorado do padre Madureira, o jornal passou a ser dotado de uma oficina tipográfica, localizada na parte do porão que correspondia à sala dos arquivos de música. O jornal era impresso numa máquina Nürnberg de sistema cilíndrico semi-rotativo. Foi tipógrafo do mesmo o Sr. Palmeirim Trannin, descendente de uma família de colonos franceses que povoavam a antiga Morro Queimado. Anteriormente o jornal era impresso nas oficinas do jornal O Friburguense, do Sr. Augusto Cardoso.

O título do jornal "Aurora Collegial", foi sugerido pelo então aluno, Waldemar Eduardo Magalhães, mineiro de São João Del-Rey.

Foram articulistas, entre outros, os alunos: Carlos Drummond de Andrade, Eivind Nepomuceno (filho de Alberto Nepomuceno, famoso maestro brasileiro), E. M. Walmar, Licínio Marcial, Paulo Godoy, Antonio Leal Costa, Olympio dos Reis Neto, Eder Jansen de Mello, João Rui Barbosa (filho de Rui Barbosa), Pedro de Andrade Werneck, J. Penalva dos Santos, Leopoldo da Silveira França, Francisco Kulvig, Wladimir da Silva Santos, Edmo Modesto de Mello, Hilario Nabuco de Abreu, Francisco Eduardo de Magalhães, Henrique Braune Zamith e Nelson Liberato Romero.

Texto de: Prof. Helênio Campos da Silva Lima 

Cidade de Friburgo - 1915, 1916, 1917, 1918, 1919, 1920, 1921 e 1922

Apesar de ter surgido em 1891, a primeira referência a este jornal foi encontrada na edição de 1905, do recém-fundado jornal,"O Rebate", de 1892. Nesta ocasião, o "Cidade de Friburgo" tinha como gerente, Celso Militão Pires Simões, substituído, logo depois, por Carlos Domigues Nogueira.

Endereço: Rua General Argolo (atual Av. Alberto Braune), número 75.

Possivelmente, a partir de 1894, tornou-se propriedade de Theodoro Gomes (quando este era intendente da cidade) e de João Manoel Carlos de Gusmão, passando a ser o jornal político, situacionista, além de seu caráter também noticioso e literário.

Em 1915, o Diretor-Gerente era Hermano Gretillet Bastos e o Redator-Chefe, José Gonçalves de Jorge que, em 1916, foi substituído por Aristides Mello que, logo depois, deu lugar a Comte Bittencourt, enquanto a chefia da redatoria ficou a cargo de Juvenal Marques. O jornal circulou no meio friburguense até o ano de 1924.

Entre os seus colaboradores destacaram-se: Eduardo da Veiga, Theodoro Gomes, J. M. Gusmão, Juvenal Marques e Comte Bittencourt.

Texto de: Professor Helênio Campos da Silva Lima

Correio da Serra - 1933

Correio Popular - 1902, 1903, 1904, 1905 e 1906

Friburgo Jornal - 1923 e 1924

O Álbum - 1904

Semanário crítico, literário e noticioso. Diretor Proprietário, A. Baltazar. Gerente, J. Salerno. Entre os colaboradores destacamos: Múcio Galhardo, Menezes Wanderley, Adelino de Magalhães Júnior e outros.

Não se conhece a data do encerramento do jornal.

Texto de: Professor Helênio Campos da Silva Lima

O Beija-Flor - 1895

O Beijo - 1935

O Clarim - 1928, 1929 e 1930

Dito como "Órgão da Mocidade Friburguense", surgiu em 15/06/1919, tendo como diretor, Adolpho Serpa Duarte, que permaneceu no cargo até o final de 1922.

Em 1924 o jornal, agora dirigido por Izidio Francisco de Assis, ficou em atividade até o ano de 1930, quando desapareceu em definitivo. Redação e oficinas tinham como endereço a Praça Conselheiro Julius Arp, Número 11, anteriormente Praça Paissandú, atualmente Praça Marcílio Dias.

Teve como principais colaboradores, Menezes Wanderley, Ricardo Carpenter, Noemia Rocha Ribeiro, P. Figueira, Julio Silva Cardoso, Vander, Raul de Leoni e Cid Cardoso.

Texto de: Professor Helênio Campos da Silva Lima

O Friburguense - 1890, 1891, 1892, 1893, 1894, 1895, 1896 e 1929

Foi o primeiro jornal de Nova Friburgo, fundado pelo Major Cândido Matheus de Faria Pardal Junior, que era, então, tabelião da cidade.

Caráter da publicação: divulgar a agricultura e o comércio do município. Circulava semanalmente, aos domingos.

Formato: 0,32 x 0,47

Endereço: Rua General Argolo (atual Av. Alberto Braune) número 201.

O fim da publicação, numa primeira fase, ocorreu, possivelmente, em 1889.

A segunda fase do \\\\\\\\\\\\\\\"O Friburguense\\\\\\\\\\\\\\\" teve início em 1890. Eram proprietários, José de Souza Cardoso e Augusto Cardoso, tendo como redator o professor Menezes Wanderley.

O jornal tornou-se apolítico, literário, noticioso e recreativo. Continuou circulando, semanalmente, aos domingos. Até 1891 era impresso numa tipografia do Rio de Janeiro e a partir de fevereiro desse mesmo ano, passou a ser elaborado em sua oficina tipográfica, na Rua Sete de Setembro, número 7. Em dezembro de 1897 passou a ser de propriedade de Augusto Elísio de Souza Cardoso, filho de José Antônio Cardoso.

Em 1919 sua sede mudou para a Praça XV de Novembro (atual Praça Getúlio Vargas), número 29.

Com a morte de Augusto Elísio, assumiu a direção do jornal o professor Menezes Wanderley em 30 de junho de 1936. Essa terceira e última fase dura apenas poucos meses, pois no dia 27 de Dezembro desse mesmo ano, chega às bancas a sua ultima edição.

\\\\\\\\\\\\\\\"O Friburguense\\\\\\\\\\\\\\\" apresentava um grande número de colaboradores que muito honraram a imprensa friburguense, tais como: Agenor de Roure, Henrique Zamith, Franklin Coutinho, Demétrio Carneiro Leão, Nelson Kemp, Francisco Malheiros, Menezes Wanderley, Menoti Del Picchia, Geraldino de Moraes, Julio Cesar Leal, Alfredo Cardoso, Trajano de Almeida, Péricles Marques, Kleber de Sá Carvalho, Luiz Moreno, Guiomar Torrezão, Casimiro de Abreu, Bento Ernesto Júnior, Vieira D\\\\\\\\\\\\\\\'almeida, J. P. Mueller, Uriel Bastos, Oscar Fleury, Ed. D\\\\\\\\\\\\\\\'Amicis, Eugenio Chavette, Pinto Mosqueira, Rachel Prado, Pedro Delphino, João de Friburgo, Thelio de Moraes, Helio Maia, Catulle Mendés, Athalia Veríssimo da Silva, Affonso Dale, Caetano da Silva, Urbano Duarte, Ricardo Barbosa, Affonso Celso, Osório Duque Estrada, Lamartine Babo, Pery Valentim, Adelino Magalhães, Luiz Lamego, Belizário Ramos, Julio Silva Cardoso, Albino de Oliveira Esteves (cujo pseudônimo era Lúcio d\\\\\\\\\\\\\\\'Alva), Juvenal Marques, Júlia Lopes de Almeida, Nilo Olindense, Emílio Castelar, Adélia Barros, Bomes Leal, Luiz Guimarães Júnior, Júlio Claret, Maria Clara da Cunha, Porfírio Ramos, J. A. Souza Cardoso, Aluizio de Azevedo, Antonio Salles, Maria Amália Vaz de Carvalho, João Paula, Virgílio Varzea, e muitos outros.

Texto de: Professor Helênio Campos da Silva Lima

O Nova Friburgo - 1904, 1905, 1931, 1932, 1934, 1938, 1951, 1953, 1957, 1959, 1961 e 1964

O Rebate - 1892

A Paz - 1908

Fundado em 6/12/1906, por Galdino do Valle Filho, tendo como diretor, o professor Menezes Wanderley. A este, seguiu-se o professor Alberto Meyer. Em 1907, a gerência era de José Maria Pires Correia Filho, logo substituído por Francisco Gonçalves Preira Júnior; em agosto de 1909, a gerência passou a Henrique F. Meyer. Outro diretor do jornal foi Juvenal Marques.
Em 29/9/1909, reassume a direção do jornal, como redator-chefe, Galdino do Valle Filho, e como redator-secretário, Leopoldo J. Rocha. \"A Paz\" deixou de circular nos anos 1918 e 1919, voltando à atividade em 1920. Novamente o jornal interrompeu sua publicação, por ocasião da vitória da revolução de 1930 por parte dos nacionalistas, voltando somente em dezembro de 1936.
Diretores mais recentes: João Luiz Aguillera Campos (1952), Câmara Barreto (1976, Amado Rodrigues Correia (1982).
Colaboradores: Fernando D\'Além (pseudônimo de Antônio Fernandes Moreira), Noemia Rocha, Sylvia de Almeida, Arthur Guimarães, Raul Cornélio Andrade Ribeiro, Nilce Gripp Tardin, Augusto Lima Brandão, Ivan Batalha, Lucy Bastos da Silva, Gama Andréa, Galdino do Valle Filho, Laerte Chaves, Maria José Braga, Goulart Monteiro, J. G. de Araújo Jorge, Rudá Azambuja, Ebrantina Cardona, Humberto El-Jaick, Bruno de Martino, Nelson Kemp, Benício Valadares, Ezidio F. de Assis, Edes da Silva Feno, Oswaldo Martins, Joel e Enéas Heringer, Rosinéia Kern, Sillas Gonçalves, José Coelho Babo, Oswaldo Ponte Aérea, Dilson Ferraz, e outros.

Texto de: Professor Helênio Campos da Silva Lima





SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

O Cruzeiro - 1905